Penso, logo compartilho: 3 pequenos grandes pensamentos de moda
Sobre ousadia e identidade
Eu amo a moda, consumo moda, mas ela me consome bem mais! Se tempos atrás postava no Fashionismo consistentemente sobre trend alerts e pequenos movimentos de moda que durariam uma estação, ultimamente ando me interessando mais por pequenos grandes pensamentos de moda.
É que o mundo tá tão acelerado né, tanta aesthetic, tanto -core, que o entendimento mais sublime (rs) da moda é mais fascinante e acrescenta mais ao nosso ESTILO PESSOAL, e é isso que importa!
Toda segunda, eu faço um apanhado de coisas que li, assisti ou vi e tento ver se rende alguma pauta, se comunica com algo que estou pensando e o dessa semana acabou convergindo em 3 pautas semelhantes que falam mais no aspecto do PENSAR MODA. Bom, sem firulas, vou compartilhar tais elucubrações com vocês!
INVESTIR NO OUSADO
Tem um Insta que eu adoro chamado Bspoketv que tem uma “coluna” chamada It Girls, com pequenos vídeos sobre mulheres estilosas, suas preferências, looks, o que compra, em quem se inspira. É rápido e adorável (queria fazer uma versão br rs!), passei a seguir várias dessas fashionistas mais, digamos, despretensiosas.
Um vídeo em especial mexeu comigo e foi o da Caitlin Burke, uma stylist nova iorquina que eu amo e acompanho há tempos, ela é SUPER COOL! Reproduzo abaixo a pergunta,
Como stylist, qual é a sua melhor dica de estilo?
“As pessoas costumam recomendar que se invista em básicos, mas eu acredito que o ideal é o OPOSTO. Invista em peças ousadas, divertidas, bonitas, escolha uma peça especial. Daí você pode optar pelos básicos em lojas mais acessíveis e contemporâneas e ter sua peça especial e diferente, um verdadeiro investimento!”
Ela simplesmente deu uma leve desconstruída num grande clichê da moda que todos adoramos reproduzir, o “se for investir, que seja em uma peça clássica, atemporal” e blá blá blá!
E não é que ela tem um ponto? Se for pra investir em algo, vai logo no teu sonho, na ousadia, no diferente, porque chama a atenção, causa e deixa uma marca! Amei a ideia e amo mais ainda desconstruir mandamentos da moda que às vezes mais atrapalham que ajudam!
TEORIA DO SAPATO ERRADO
Já ouviu falar na Teoria do Sapato errado? Se não me engano já falei algo parecido no blog, só que mais focado em como um sapato feio pode trazer mais personalidade e irreverência ao look. E recentemente li mais sobre a tal teoria do sapato errado e fiquei fascinada.
O termo foi cunhado pela stylist (mais uma!) Allison Bornstein, que é entusiasta de sapatos não-óbvios para quebrar a perfeição do look.
Em entrevista para a Vogue, ela sintetiza:
“Ao trabalhar com clientes e analisar o estilo de nossas celebridades favoritas, percebi que o que torna um look interessante e pessoal é a adição de acessórios que parecem um pouco 'off' ou que não combinam com a vibração do resto do look.
E a melhor coisa desse “movimento” é que você não precisa comprar nada novo, apenas ter um novo olhar e usar em composições diferentes e inusitadas”.
E mais uma vez eu achei FASCINANTE! Enquanto teimamos em combinar looks, comprar sapatos esteticamente agradáveis, tem gente querendo sapatos pertubadores e fora do lugar comum. Por mim tudo bem.
Não à tóa, os sapatos modelo Tabi (que falamos recentemente aqui) se tornaram o sapato do ano, foram roubados por crushes e compactuam com esse ideia de feio, mas na moda!
E, apesar de não ser exatamente sapato “feio”, a própria Sarah Jessica Parker é forte entusiasta do método de chamar a atenção pro calçado diferente, nesse caso mudando as cores (mas no caso dela é marca própria, então mais fácil rs).
IDENTIDADE DA MODA
Já essa ref veio direto do Twitter, mais precisamente da minha pastinha secreta de tweets salvos e que podem me inspirar de alguma forma. Estava relendo esse tweet abaixo e sabe quando você se pega pensando e concordando com adoráveis obviedades? Pois bem…
“Moda não é apenas sobre vender roupas, mas também sobre vender uma identidade para quem as veste”.
E eu achei tão fascinante pensar por esse ponto de vista (sim, ando muito fascinada, ainda bem rs), como a moda é mais do que comprar uma bolsa, mas como pode ser o resultado de uma comunicação eficiente e estratégica.
Nesse caso específico, ela falava da última semana de moda e como duas marcas tiveram uma comunicação semelhante. Miu Miu e Balenciaga e suas bolsas “bagunçadas com curadoria” e como comunica “alguém tão chique que seus itens funcionais parecem naturalmente estilizados quando na realidade são estilizados para parecerem funcionais”.
A bagunça milimetricamente pensada ainda remete a outra marca, mais precisamente outra pessoa que é muito mais que uma marca: BIRKIN, JANE BIRKIN e sua bolsa original que era cheia de cacarecos pendurados, AÍ SIM, casualmente colocados, mas convictos na personalidade da bolsa. E isso é lindo demais!
Espero que gostem desse tipo de formato de post!
Beijos,
Thereza
Nossa, ameiiii!!! Faz mais que tá pouco 😍
eu ameiii esse formato