Eu não sou muito fã de ficar usando palavras em inglês do nada (apesar de frequentemente usar), mas tem uma palavra em inglês que gosto, acho sonora e sintetiza o que venho sentido: OVERWHELMED.
Na tradução direta de overwhelmed: sobrecarregado, é algo tão intenso que sufoca. Mas no geral ela pode ser um pouco mais sutil, você pode estar overwhelmed de saturada, mas overwhelmed de deslumbrada. Seja assoberbada de informações ou submersa de/por ideias.
E assim eu tenho me sentido com o excesso de informações que a internet nos fornece de forma deliberada e compulsória.
Como uma pessoa que vive disso há 16 anos (sem contar a era pré-blog com Msn, mIrc e bate-papo do Uol), que gosta de redes sociais, de consumir conteúdo, que é entusiasta do Twitter, mas que também vive seus 40 anos e já passou por tanta coisa, leu tanta coisa e vive o esplendor da meia idade e inquietação em redescobrir o significado da própria vida, estou mais overwhelmed que nunca.
Outro dia eu tive uma INTOXICAÇÃO de internet, mais precisamente da rede de vídeos curtos ao lado, e olha que nem sou consumidora feroz, mas me bastaram 40 minutos intensos pra eu ter taquicardia, ansiedade, achar que eu estava infartado e ir parar no hospital. Eu juro. E não foi a primeira vez que tive reações estranhas ao usar o app, em junho falei da minha insônia aqui.
Essa tal INTOXICAÇÃO DIGITAL é inclusive assunto recorrente de médicos que, tal qual uma criança que tem limite de telas, os pais mais sensíveis a tanta informação, também tem tido esse limite pautado por sensações de ansiedade. Experiência própria, depois desse meu colapso, minha endocrino limitou meu uso de tela tiktokiniana. Eu juro (spoiler, desde então deletei o app e me sinto bem).
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