Ok, não podemos deixar quieto a crise globalizada que vem se confirmando para esse ano,… mas como essa não é uma newsletter de política e economia, vamos falar de moda?
O ano era 2023 e Succession era aclamado e dito o melhor seriado de todos os tempos. Eu não assisti, mas não precisava acompanhar pra saber que o seriado extrapolou a teledramaturgia e invadiu o mundinho fashion: fez-se o termo QUIET LUXURY.
As buscas no Google por “quiet luxury”, “steath wealth” e “old money” dispararam em 684, 990 e 874%, respectivamente, após o primeiro episódio de “Succession” ter ido ao ar. - WWD
O tempo era pós-pandêmico e uma necessidade de novas tendências e movimentos, fez-se uma moda que almejava parecer rico sem, necessariamente, ser. Nada de novo no pantanoso mundinho fashion, mas a estética com quê minimalista espalhou feito pólvora, marcas até então seletas - e quase secretas! - como Loro Piano ou Brunello Cuccinelli deram o tom da moda, e o que ficou disso?
Uma aversão à exuberância! As oncinhas foram criminalizadas, as cores foram apagadas, foi chuva de bege e outros monocromáticos mais terrosos. O marrom e sua ideia de mocha mousse estão aí firmes e fortes e não deixam negar.
O quiet luxury ficou tão barulhento, que os luxuosos mesmo estavam buscando uma forma de serem extravagantes para se destacarem da multidão pretensiosa.
Eis que, ufa, vem vindo a era Boho e mais uma tentativa de fazer o ousado acontecer! Camadas, babados e bordados. Vemos tecidos que vão da seda ao suede, estampas que vão do paisley às flores, é tudo menos quiet.
Mas onde entra a crise do primeiro parágrafo?
Vestir não é apenas um ato político, mas um ato econômico! E se o mundo está em crise, isso obviamente impacta no nosso vestir. E não só no vestir dos mais bem - agora não tão mais bem assim - afortunados, no vestir da sociedade, da cultura, do comportamental.
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