Acho que a primeira vez que pintei meu cabelo eu tinha uns 15 anos e o nome mais comum era ballayage, para ter aquelas mechas bem fininhas sobre o cabelo ainda virgem. Depois passei a chamar de reflexo e depois as luzes invadiram meu cabelo e fui afogada por papelotes uma-pequena-mecha-sim-outra-trambém.
Durante uns 20 anos eu fui refém dessa maneira tradicionalíssima de pintar o cabelo, as autênticas luzes brasileiras. Aqueles fios dourados, eventualmente acinzentados, esbranquiçados, amarelados e sem muita dimensão, que a gente reconhece a distância e mundo afora.
E quando eu digo refém, é quase no sentido literal da palavra, pq vai ficar mais de 2 meses sem ir ao cabeleireiro? Uma linha preta demarca o território e você fica quase que como como numa dependência de droga (?) e na paranóia do marcado e no vício de retocar a raiz num looping eterno de um cabelo sofrido.
A loirice em tempos de internet
Acho que foi no início da década passada que esse movimento de mechas implacavelmente uniformes mudou. Agora elas vem com profundidade, nuances, uns até chamam de 3d rs.
Provavelmente foi com um um cabeleireiro celebridade (Proença??) que as mechas começaram a ser apagadas, esfumadas ou qualquer técnica que fizessem pra deixar a raiz mais natural e menos marcada.
Mechas californianas, texanas*…
Daí veio a onda das mechas californianas, uma loirice mais natural e de acordo com aquela brasileira bronzeada, que adora um sol, morena de natureza e loira só nas pontas.
As mechas californianas eram uma coisa meio Gisele, cabelos ondulados, milimetricamente revoltos. Depois veio muita invenção de moda, inclusive a “texana” que vos fala, tivemos o momento morenoira, ombré, degradé, sil vous plait!
Acho que assim fomos nos desgarrando e entendo que é possível ser loira, iluminada, clareada, mas sem ser refém daquelas mechas marcadas… jamais.
Ctrl+C, Ctrl+Pinterest
E começou a era da influência como entendemos hoje, mil referências, inúmeras possibilidade e acesso a novas técnicas que de fato transcenderam e deixaram o tradicional pra trás.
O ser loira estava longe de ser aquela Angélica ou Xuxa ou Eliana do século passado, mas o ser iluminada era uma opção possível para morenas, cacheadas, lisas, curtas, longas ou qualquer pessoa que quisesse variar.
Outro fator preponderante para a revolução dos loiros: se atentar à sua análise cromática. O tom que favorece, que traz contraste, profundidade, enfim, se há estudo de cores, que ela funcione pra roupa, maquiagem e… cabelo.
E aí voltando pro lado pessoal da coisa, foi aí minha primeira grande mudança capilar!
Minha transformação capilar
Durante 15 anos fiz luzes com a mesma pessoa. Eu adoro meu cabeleireiro, ele faz o cabelo da minha mãe até hoje, mas desde que me casei e, mais precisamente, virei blogueira, fui pulando de salão em salão rs.
Sempre recebia convite pra frequentar salão x, conhecer cabeleireiro y, parcerias, jabás e permutas. Uma delícia pra quem vive no salão pra fazer uma escovinha básica rs. Mas desde 2018 mudei minha visão e minha experiência capilar e agora tenho uma relação monogâmica paga com meu cabeleireiro.
Outono puro
Em 2018 fiz minha análise cromática com minha amiga Gabriela Ganem. Sou outono puro e, conversando com a Gabi, decidi mudar aos poucos o tom do meu cabelo. Ele era um loiro muito dourado, mais pro frio, CHAPADO e que me empalidecia um pouco. Foi um tom que sempre tive e até adorava, mas estava disposta a mudar aos poucos.
E foi bem na mesma época que conheci meu cabeleireiro atual e amei que ele fazia muito bem a tal raiz apagada, técnica que começou a crescer e fazer com que o tal loiro tradicional mudasse de figura.
Então entre 2018 e 2019, comecei a migrar meu cabelo de cor aos poucos, afinal ainda amo uma loirice rs. No período já comecei a reduzir a frequência no salão, de 2 meses, ia a cada 3 meses, o que é ótimo, porque acho um saco esquentar cadeira de salão.
Aí corta pra 2020, pandemia, gravidez… fiquei 9 meses sem pintar o cabelo. E não é que ele estava no tom e nuance mais bonito? Não me incomodou em nada! Na realidade, estava ficando viciada em escurecer um pouquinho mais.
Confesso que acho que fui agraciada pelos hormônios da gravidez agindo em prol do meu bem-estar, mas junto a isso, esse intervalo maior, a escurecida na raiz, deram um respiro e meu cabelo ficou saudável, brilhoso e enooorme!
O corte ajudou
Foi aí que entrou o fator corte! Eu fiquei por muitos anos cortando em camadas, repica ali, repica aqui, e meu cabelo ficava muito ralo e sem volume, sabe?
Foi justamente às vésperas da gravidez, quando eu cortei meu cabelo além da conta (eu pedi 2 dedos e a cabeleireira entendeu 10, aí eu literalmente chorei e depois descobri que era gravidez rs), que depois e deixei ele crescendo e crescendo, e taca hormônio e cresce e pronto, veio um cabelo reto, simples e com o volume de volta (e olha que nem vou entrar no mérito que meu cabelo cai até HOJE por conta da amamentação).
De 4 em 4 meses
Passada a pandemia e a gravidez, consegui criar uma frequência excelente de fazer luzes a cada 4 meses, meu cabelo respira, a raiz escurece e a saúde capilar agradece.
Ainda tem vezes que intercalo e faço meia cabeça e luzes mais grossas em locais estratégicos, e sempre esfumando bem a raiz pra deixar essa parte mais marrom natural.
O tom certo
Então não foi de uma hora pra outra que meu cabelo saiu do frio pro quente, mas sim num processo de uns 2 anos, muita calma, cuidado, respeitando meu desejo e o que me favorecia e também sem estragar o frio promovendo transformações drásticas.
Hoje em dia sento na cadeira do cabeleireiro e peço O DE SEMPRE. E de quebra ainda peço pra cortar um dedinho só e assim meu cabelo vem renascendo e se firmando do jeito que quero.
Quem morar perto, vale procurar pelo Felipe do Werner Praia (fica no Hotel Wyndhan), ele é maravilhoso, super tranquilo, o salão super relax de frente pra praia e ainda o preço é muito justo!
Os produtos que não vivo sem
Phyto Phytopolleine - Elixir para o couro cabeludo
Em janeiro de 2020, um pouco antes de descobrir que estava grávida, cortaram meu cabelo muito além da conta. Eu fiquei p da vida kk ódio e saí do salão e fui direito na farmácia e encontrei o famoso Phytopolleine da Phyto. Ele é um elixir que promete justamente cuidar do couro cabeludo, logo, crescer o cabelo mais rápido.
E aí não sei se falo influenciada pelos hormônios da gravidez, mas meu cabelo cresceu muuuito rápido e muuuito bonito. Tenho muito carinho por esse produto e apenas um trauma pelo cheiro que me deixava enjoada rs é alecrim na veia, mas a gravidez me deixou traumas. Tem dele aqui no site da Phyto.
Kérastase - Sérum Capilar 8h Magic Night
“Thereza, se você tivesse que escolher seu produto de cabelo favorito de todos os tempos?”, eu escolheria esse sérum 8H da Kérastase! Eu me dou muito bem com a marca, desde a adolescência o Masquintense faz parte da minha vida, mas não há nada como esse produto, é uma noite mágica mesmo! Já falei dele aqui no blog.
Ele é um tratamento noturno, você besunta seu cabelo, no dia seguinte seca conforme seu desejo e VOILÁ, me agradeça depois (quedize, agradeça ao Senhor Kérastase). Não conheço uma alma viva que não ame esse produto. Infelizmente é caro, mas dura uns 2 anos (porque eu usava 1 vez por semana e olhe lá).
Keune Lumi Coat
Enquanto o 8h dá nutrição profunda, esse Lumi Coat dá um brilho sensacional. Essa dupla reunida é a solução de boa parte dos nossos problemas capilares.
Já falei dele aqui no blog e reforço que é pra ser usado no cabelo úmido, pré-escova, umas sprayzadas e o brilho dura até 3 lavagens. Também é outro produto bestseller e unanimidade que mudou meu cabelo na história recente. Tem dele aqui.
L’Oréal Professionnel Metal Detox
Não esperava nada por esses produtos, mas eles entregaram tudo. Minha revelação capilar em 2023, tanto o shampoo, quanto o creme! A linha promete restaurar cabelos coloridos e danificados. É a primeira máscara protetora anti-depósito a proteger o cabelo do depósito de partículas de metal. Achei dela aqui por um bom preço.
Ainda foi lançado recentemente o protetor térmico e o óleo e já estão na minha lista.
Olaplex No 7 Bonding Oil
Por falar em óleo capilar, se tem um que habita meu coração, quedize, meu cabelo, é o No 7 da Olaplex. Ele é perfeito, pra quem gosta de óleo seco sequinho, super leve, suave, mas que faz A diferença no cabelo, AMO. Tem dele aqui na Amazon por um bom preço.
Shampoo? Qualquer um (mas não todos!)
Eu sou viciada em garimpar shampoos baratinhos! É que se eu não gostar, eu repasso pro Rodrigo e ele finaliza o trabalho rs. Tem 4 que eu amo, uso e reuso:
O Seda Liso Perfeito é ótimo, deixa o cabelo na medida, não pesa e fica com aspecto liso natural. Já postei dele aqui.
O Phytoervas de Jaborandi é daqueles que limpa limpa, faz muita espuma e o fio sai renovado. Aliás, todos da marca são excelentes! Também dediquei um post pra ele aqui.
Toda a linha Salão em casa da Eico entrega um excelente custo x benefício. Um produto honesto e que limpa sem firula, simples assim.
O Dabelle Explosão de Brilho é outro que promete o que cumpre e pagando pouco. Esse shampoo dá um brilho providencial aos fios, já devo estar no meu terceiro pote.
Beijos e boa semana!
Thereza