Influenciar pouco para influenciar sempre

Influenciadores despretensiosos contem comigo pra tudo!

Eu sou do tempo de “formadores de opinião”. Uma pequena parcela da sociedade responsável por grandes impactos comportamentais, educacionais ou aleatórios mesmo.

Jornalistas formavam opinião, famosos descolados formavam opinião. Não era necessariamente a pessoa mais famosa ou popular, mas geralmente alguém com um tino pro sucesso, com uma curadoria apurada que acabava nos guiando, ou melhor, nos influenciando em escolhas quaisquer.

Corta pras blogueiras e suas dicas-amigas que catapultaram uma nova geração e fez-se um séquito de mulheres positivamente influenciadas pelo esmalte Jade da Big Universo, pelo batom Schiap da Nars (rsrs :D) ou qualquer inspiração de moda ou beleza inofensivas.

Chegamos à era das influenciadoras convictas. Aquelas que tem no currículo o nome influencer e que influenciam na escolha do whey protein, passando pelo look do dia, até chegar à viagem mais próxima. Ok, convenhamos, sua prima sempre te influenciou, a menina popular da escola influenciava a 7aB toda e a garota mais velha descolada da faculdade era motivo de inspiração generalizada.

O ato de influenciar não é novidade e se a gente for lá pra trás, mais precisamente no Jardim do Éden, teremos até influência na hora de comer a tal da mação (não disse de quem, pois nem religiosa sou rs). Mas corta pra hoje, agora, segunda-feira, 21 de agosto:

Pra mim, Thereza, quanto menos a pessoa aparece, mas impactada eu me sinto. Tipo, se aparece pouco, me influencia muito, se sai influenciando feito uma máquina de influenciar rs, pra mim pouco tem efeito. Gosto de uma influência comedida, eficiente, bem pensada, geralmente espontânea (se não for tudo bem, sou totalmente pró-publi, desde que feito com convicção).

Pq eu tô falando tudo isso? Recentemente me peguei influenciada por três coisas de três mulheres. VEJA BEM, são três mulheres poderosíssimas, conhecidas no mundo todo, mas não são uma Kim Kardashian e uma máquina de fazer marketing, sabe?! Como uma influência boa, é uma influência compartilhada, olha o que eu ando me influenciando.

SARAH JESSICA PARKER E O CREME

Se influenciar com um creminho bem recomendado está na essência de todas nós, agora se a influenciadora atende pelo nome de SARAH JESSICA BRADSHAW PARKER, aí o negócio muda de figura.

Lógico que ela é embaixadora da marca, mas veja bem, Sarinha não é um cabide de propagandas, não é um intervalo do Superbowl, ela seleciona muito bem suas parcerias e se ela diz que ROC é bom, por mim tudo bem.

Desde o ano passado ela está a frente de uma campanha da marca chamada “Look Forward Project”, uma inciativa para encorajar otimismo acerca do envelhecimento. Eu achei isso o máximo, pois é algo que virou minha chavinha e tenho pensado muito, logo, compartilhado.

“Precisamos conversar mais sobre o ato de envelhecer, ao mesmo tempo que não podemos mais nos culpar pela passagem do tempo.”

Então ver a atriz falando dessa forma e propagando essa ideia, já me influencia positivamente na largada. Daí eu fui pesquisar mais sobre a Roc aqui no Brasil, uma marca que eu sempre esbarrava na farmácia, mas nunca me chamou a atenção, aí eu descobri que… eles saíram do Brasil em 2020 kkkry. Eles foram vendidos para um outro grupo, logo, saíram do país para reestruturação.

Voltando à Sarah, semana passada li uma entrevista dela falando sobre envelhecer e ela me pareceu bem honesta:

“Meus pensamentos sobre o envelhecimento são que eu não penso nisso, a menos que eu esteja fazendo entrevistas e as pessoas me perguntem sobre o envelhecimento. Não é porque sou desapegada - sei que cada dia que passa, há consequências - e por isso reconheço que nossas vidas levam a um destino, mas não sei o que fazer a respeito. Não quero gastar muito tempo e energia tentando parar o relógio. Eu não acho que pra mim é a melhor maneira de gastar meu tempo.

Prefiro comer uma boa refeição, viajar ou gastar meu dinheiro ajudando uma biblioteca local. Não é que eu não me importe, ou que não tenha vaidade, mas não sei o que fazer a não ser ter uma ótima dermatologista. Eu gosto de fazer alguns lasers, eles são úteis. Meu dermato acabou de usar uma coisa chamada Sofwave e foi incrível. Procuro cuidar da minha pele. E tenho cuidados com a pele muito bons graças a essa parceria incrível.

Eu uso protetor solar finalmente há 10 anos, demorei muito, mas uso protetor solar! Não gasto muito tempo com isso porque quero parecer eu mesma. Eu sou uma atriz, eu tenho que parecer comigo mesma. Eu tenho que ser capaz de me mover e transmitir emoções e sentimentos, e é basicamente isso.”

Eu amo tanto a SJP e agora amo mais ainda por vê-la falando de um assunto relevante pra mim nesse momento. Diva que inspira e me faz querer comprar algo que nem vende mais por aqui.

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MEGHAN MARKLE E O PATCH

Outro dia vi essa foto da Meghan Markle com um look muito charmoso e um detalhe que chamou a atenção: um adesivo no punho milimetricamente à mostra.

Confesso que o debate inicial girava em torno se era algo espontâneo ou pensado. E, pra mim, foi estrategicamente colocado em exibição, afinal, só essa manga está discretamente dobrada pra realçar, ok muito que discretamente, o apetrecho.

Agora falando de Meghan, ela anda mais low profile que se imaginava e que até provavelmente ela mesma desejava. Foram anos difíceis para a futura ex princesa, do apogeu ao caos, mesmo assim ela me influencia com louvor.

Agora do que se trata o patch em questão? Dois dias depois da aparição, da Vogue ao NYPost, descobriram que era de uma empresa americana chamada NuCalm.

O adesivo combina neurociência e bioquímica para ajudar a regular pacientes com transtorno de estresse pós-traumático - ele aumenta as frequências que relaxam o usuário. Cada adesivo de uso único age como uma espécie de ritmo, usando ressonância e frequências para enviar sinais ao nervo e hipotálamo (ambos controlam o humor), desarmam a resposta da adrenalina e ativam a produção do Sistema GABAérgico, retardando suas ondas cerebrais e relaxando seu corpo. Resumindo, seu objetivo é ajudá-lo a relaxar.

O tipo de adesivo não é novidade e vai muito de encontro à essa do wellness - e também do marketing do bem-estar. Existem os céticos e os que experimento tudo a título de curiosidade. Não sei qual é seu caso, mas o kit com 20 patches sai por U$80 no site da NuCalm.

Vale dizer que existem aqueles que não pensaram que era um publi disfarçado, mas principalmente que a Meghan está quase pedindo ajuda e mostrando seu stress pós traumático.

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BARBIE E A BIRKENSTOCK

O último mês foi rosa para os fãs de Barbie. Look rosa, acessório rosa, comida rosa, copo rosa… mas foi a BIRKENSTOCK rosinha discreta que mexeu comigo!

Uma marca que existe há 249 anos, sim, você não leu errado, a Birkenstock surgiu em 1774 na Alemanha. E a marca lendária está vivendo o auge do seu auge agora! Veja bem, é um clássico que atravessa geração, tem seus altos e baixos, inspireds mundo afora (até mesmo feito por marcas de luxo) e mais recente foi o sapato mais vendido na nada saudosa pandemia.

Agora com a Barbie, seu caráter mais que nunca é disruptivo. No filme se tornou sinônimo de mulher real e prática (e empolgada pra ir à ginecologista rs), logo, o modelo vive dias de glória e a marca está, inclusive, em vias de entrar na bolsa de valores.

E finanças à parte, a Barbie mais me influenciou quando menos tentou: estou doida por esse modelo Arizona Big Buckle Sandos na cor Old Rose no couro Nobuck. Achei versões parecidas no Iguatemi 365 e uma rosa metalizada na Farfetch da Lituânia e com um bom preço até rs.

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E como é a sua relação com o ato de influenciar? Deliberado, segmentado ou comedido?

beijos e boa semana!

Thereza