BUZZ: O marketing do burburinho

Muito Buzz, pouco...

Essa segunda-feira de junho acordou recheada de moda para os mais - ou menos - entusiastas. Em São Paulo, Sasha Meneghel lançou sua Mondepars e o desfile contou com front row estrelado com Xuxa, Marquezine e grande elenco.

Em Capri, Jacquemus lançou sua nova coleção do jeito que ele gosta, com um cenário estonteante, com um marketing capotante e celebs que iam de Gwyneth Paltrow a Dua Lipa.

O que essas duas marcas tem em comum? Ok, 15 anos de diferença, mas em uníssono esse ideal da nova geração em busca do cool, do minimal, do luxo não tão mais silencioso. Sasha pode ser “acusada” de nepo baby, mas teve formação na prestigiada Parsons School of Design, ainda assim, seu buzz naturalmente veio em forma de amigos célebres. Parece ser uma marca bem intencionada e estruturada, dito isso, pode ser o início de um samba que ainda não deu tempo de fazer barulho, afinal, uma coleção só e, afinal também, muitos perfumes da tal aesthetic vigente. Falta ainda captar a identidade criativa DELA e não do momento presente.

Agora Simon Porte e sua Jacquemus já se beneficiam do buzz e do marketing há algumas estações, mas qual é o next? Por enquanto ele segue firme no projeto mais marketing e menos moda e faz isso com louvor e graça. A marca tem uma estética muito bem definida, daquela mulher que está sempre de férias em algum balneário descolado, mas uma hora cansa.

Bom, hoje eu vi o desfile e dei uma cansada. Se anos atrás o cenário do campo de lavandas era de tirar o fôlego e os acessórios, como a bolsa Chiquito ou Le Rond (que eu mesmo cometi uma), se tornavam hits estantâneos, hoje acho que as pessoas esperam mais.

De manhã li uma matéria no Business of Fashion que fala justamente de como esse método do BUZZ está disseminado, mas precisa ser revisto. E também postei no Twitter sobre como anda tudo muito estilisticamente igual… ou como nossos olhos estão apurados demais? Por fim, a Chanel mostra o sinal dos tempos e tudo vai precisar mudar!

“Buzz é conhecimento, amplificação e entusiasmo. Uma marca precisa, mas não pode viver só disso.”

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