A primeira vez que prestei a atenção na palavra gentrificação foi em 2015, no seriado Unbreakable Kimmy Schmidt, da Netflix. A série da Tina Fey focava na reinserção da Kimmy no mundo, depois de viver uma vida no bunker e o pano de fundo era sobre a tal da gentrificação em Nova York.
Gentrificação, substantivo feminino: Ação que consiste no restabelecimento do setor imobiliário degradado que, constituído pela restauração ou revigoração de imóveis, faz com que esses lugares, supostamente populares, sejam enobrecidos. Voltar a possuir certa condição nobre. O processo de fazer algo ou alguém mais polido, refinado ou respeitável.
O seriado se passava em Nova York, usava um bairro fictício, mas as cenas eram gravadas em Greenpoint, bairro tradicional do Brooklyn que, vejam só, vem passando por uma gentrificação e sendo o bairro do momento pros descolados.
Os personagens se revoltavam com o surgimento de mercados de rede, cafés descolados, aumento de aluguéis e a perda territorial pra uma geração que não cresceu ali e que encarecia um espaço originalmente pobre.
Ok, Thereza, por qual motivo o tema?
É que outro dia me peguei pensando sobre a gentrificação da moda e como pessoas mais novas e mais ricas, mas, principalmente, de ambientes digitais como o Tiktok, estão se apoderando de movimentos de moda (o que é até válido, afinal, moda é democrática) e apagando sua origem e precursores.
APROPRIAÇÃO DE SUBCULTURAS
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